terça-feira, 27 de julho de 2010

Nenhum

Estou perdida em algum lugar
Que nem sei aonde
e que nem quero saber
A única coisa que realmente importa
é continuar
perdida.
É estar
serena
E seguir em frente
rumo à lugar algum

E a única coisa que realmente importa
é um passo
após o outro
sempre indo de encontro
à lugar algum
E ser inocente
e acreditar
e não se importar
em não alcançar
algum lugar

E a única coisa que realmente importa
é nascer o sol
depois da noite
e o sol se pôr
depois da chuva

E a única coisa que realmente importa
é sorrir
depois do choro
E sempre seguir
e nunca chegar
à lugar algum
E continuar
perdida.


Tava com vergonha de publicar esse também, mas meu amigo Giovanni, jurando ser sincero, disse que ele realmente gostou. Então ta aí.


(Estrada de terra perto da chácara da minha família)

Fui ao oftalmologista hoje. Vou ter que gastar uma graninha com óculos. Na verdade eu "já usava" óculos, mas resolvi abandoná-los no segundo semestre de 2006. Mas não vai ter jeito, terei que me acostumar com a cara de nerds por conta de 0,5 de hipermetropia e 0,75 de astigmatismo, tudo no olho direito, o olho esquerdo tá tranquilo.

Pode ter alguma coisa escrita errada nesse post pois tive que dilatar "os zóio" e tô com mues olhos bêbados!

Obs: Comentário do meu namorado: mot, seus lindos olhos morenos vão voltar ao normal daqui a pouco ^^
respondi: huahuahuhuahuahuahuhuahuhua...eu não tenho olhos morenos, são castanhos
e ele: pra mim são morenos...castanhos, mas morenos.

;)

domingo, 25 de julho de 2010

[ Boletim Informativo Pessoal] [1] - Sem poema/texto hoje -

Bem, pra começar, não quero chamar de diário! Então vai ficar 'boletim informativo pessoal'.

Fui ao show do Lenine hoje, no Shopping Anália Franco. Arrastei o pessoal do atletismo comigo. Além de Chico César, Lenine é um cara/músico que todos gostamos bastante. Gostei muito do show! Mas eu sou suspeita, adoro música ao vivo. Mas foi realmente bom, não teve nada de superespecial, mas pô, é o Lenine.


(A galera tá maior dark, exceto a Ju e eu, que estamos Harekrishna)

Chegamos um pouco tarde, umas 11:15h, as cadeiras estavam todas ocupadas e parte das laterias do palco também. Ficamos logo atrás das cadeiras, separados por um faixa de contenção. Ficamos lá um bom tempo, mas no finalzinho invadimos a "área VIP" e ficamos em frente ao palco. Maior legal.
Obs: me sinto muito bem "ultrapassando limites" e "quebrando regras", não me dou muito bem com limitações.

Tô com preguiça de colocar o set list. Faltou "Miragem do Porto" e/ou "Marco Marciano", poxa, como queria essas músicas!





Descobri uma coisa: eu tenho tendência a me "apaixonar" por pessoas de All Star, eu acho muito charme! O Lenine usava um All Star,e eu também, claro, o mesmo All Star "branco" de 5 anos atrás!




É isso por hoje. Escrevi uns textos esses dias, mas estou com vergonha de publicá-los. Eu sofro de "vergonha pós-escrito", sempre tive certa dificuldade em divulgar minhas coisas, esse blog é um tanto quanto difícil pra mim, acreditem.
Depois os coloco (os textos).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O ÚLTIMO DIA COMUM

Bem, quando digo que tudo me infesta, não é só pra rimar, a coisa rola de verdade.
Nesses últimos três dias li "A mãe e o filho da mãe & A máquina de fazer amor" de Wander Piroli. Não gostei. É um livro de pequenos contos, e todos eles são pessimistas e desgraçados, baseados em injustiça, com as pessoas infelizes. Gosto de sol, de riso, de alegria, e esse livro em levou pra um beco escuro e úmido. Mas me rendeu um poema, que é claro, ficou com um clima mundano. Esse poema fala basicamente de uma pessoa desinteressante que vive uma vida desinteressante. Sentimentos que me consumiam e/ou inspiraram no momento: vazio e superficialidade.


O ÚLTIMO DIA COMUM

silêncio.
O coração bate
O despertador toca
Suspiro.
O chinelo arrasta
a colher bate no copo
o café desce na garganta
Bocejo.
A porta do armário é aberta
Barulho de passos no chão
A torneira é aberta
a mão em concha leva água ao rosto
a lâmina raspa no queixo
Barulho de passos no chão
A pasta é fechada
Barulho de passos no chão
A chave gira na fechadura
A porta é aberta,
a porta se fecha.
...
Silêncio.
...
A chave gira na fechadura
A porta se abre,
a porta se fecha
A pasta no sofá
Suspiro.
Barulho de passos no chão
A colher bate no copo
o café desce na garganta
Bocejo.
Barulho de passos no chão
Chuveiro ligado
aberta a porta do armário
O corpo se joga na cama
Suspiro.
O cachorro late
O palavrão ecoa na noite
Silêncio.
O coração bate
...
O coração bate (sua última batida)
Silêncio.


-> Porra, não teve nem um "bom dia". Depois de pronto eu pensei em colocar um "bom dia", mas pensei: " se eu colocar um 'bom dia' vai virar uma história triste e tals, mas não é pra ser triste, pois a existência do cara na verdade é uma inexistência." Aí eu pensei, de novo: 'porra, não teve nem um 'bom dia'" e pensei em colocar um 'bom dia' que não fizesse diferença, pensei em colocar um papagaio no meio da história, só pra ele olhar pro cara e falar 'bom dia', seria cômico/irônico...Mas enfim, sem papagaio, sem bom dia, sem nada.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

[ Sem data - acho que 2006 ]

Olho no espelho
só vejo meus olhos...
olhos castanhos,
olhos perdidos
Presos por uma grande dúvida
Dúvida de uma hora que eu não queria,
não queria que chegasse tão cedo.
Mas agora que chegou,
só vejo meus olhos,
só vejo o espelho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

[ Sem título, por enquanto ] - 15/07/2010

Não me deixe ser constante jamais.
Me instigue e provoque.
Pois aquilo ou aquele que é constante
já não vale mais a pena.
Não quero nunca ser idêntica
a nada do que já fui
Pois tudo me infesta
e eu não ligo,
faço festa
Me entrego e me embriago
e reflete em meu semblante
meu fulgor revigorante
e te envolvo num instante
meu hálito inebriante
te aqueço e te esqueço
e me lanço num tropeço
de repente anoiteço...
amanheço.
Apareço, desapareço
estremeço.
Simplesmente enlouqueço.
Talvez eu só seja o começo
de uma grande confusão,
ou eu apenas vulnerável
me abro a todas as coisas,
assim minh'alma se expande
quando tudo se retrai
E eu sou tanto de tudo
que eu mesma já nem sei
(que eu mesma já nem sou).