domingo, 25 de dezembro de 2011

[ São Paulo ] - [22-11-2011]

Alto-relevo em concreto armado
Me mostra em seu horizonte quadriculado
seus tristes olhos amarelados, janelas toscas
das almas dos seus desalmados habitantes
que crêem que o sucesso de suas vidas errantes
passa nos comerciais de tevê
Nesse sorriso banguelo edificado
as lâmpadas são tristes sóis fracassados
nesse céu de chumbo e zepelin
de onde chove tanta preguiça

O pé no freio dos congestionamentos
faz acender o sangue de suas veias entupidas
e crescer as suas fúrias
enquanto as deselegantes meninas de Caetano
esperam o ônibus sentadas
com os cotovelos nos joelhos,
com a cabeça nas mãos,
o cadarço desamarrado,
e os apáticos olhos no chão

A água turva da poça d'água num buraco de calçada
mal reflete as luzes do avião
e escurece ainda mais
ao acolher a sombra do homem e sua maleta
enquanto o cigarro se atira na rua
e eu atropelo as fagulhas
de mais uma terça-feira.







... Escrevi enquanto parada no trânsito, voltando de noite pra casa depois de passar o dia na faculdade fazendo trabalho. Tenho no carro, debaixo do freio-de-mão um bloquinho de papel e uma caneta pendurada no carregador do celular que fica plugado no acendedor de cigarro (meu carro é ano 95).

Sei lá. Sinto que quanto mais tempo eu fico parada no trânsito, mais eu faço parte da cidade. Ou a cidade faz parte de mim, tanto faz. Sempre sonhei em morar na praia, mas eu fico pensando se eu conseguiria viver longe da cidade... O legal de morar na cidade é que você sempre tem alguma coisa pra reclamar. É legal reclamar. Me sinto super-adulta reclamando das coisas. Principalmente do trânsito e do preço da gasolina.

Vivo "reclamando" da faculdade: dos trabalhos e das provas e de ter que ficar estudando e tals. Mas eu adoro isso. Nunca gostei das coisas fáceis, sempre gostei das mais difíceis. Quanto mais difícil parece/é, mais me interesso. Não gosto do óbvio, acho ele entediante. Mentira: eu gosto do óbvio também, mas nem sempre. Mas que ele é entediante, é.

(Sério: cliquem nessa imagem para ampliar, ela é absurda!)


[ Boletim Informativo Pessoal ]



Tô de férias!!! Uhul.

Na última semana da aula costumo ir à biblioteca alugar todos os livros possíveis para passar as férias. O limite para alunos é de cinco livros. Como estou participando do programa de Iniciação Científica da faculdade, meu limite sobre para 15. Durante o semestre eu estimo ter lido uns 42Kg de livros técnicos para minha Iniciação e também para as aulas. Transformei o banco de trás do meu carro numa "Favela Literária" (hahahahahaha, gostei!).

Beleza, devolvi todos os livros técnicos e fui á biblioteca pegar Literatura. Fiquei me gabando pras colegas de classe que encontrei nos corredores da biblioteca pois enquanto elas só podiam escolher 5 eu podia escolher 15 (lero-lero).

Primeira decepção: já li todos os livros do José Lins do Rego disponíveis na biblioteca. Tudo bem...
Segunda decepção: como aluna de Iniciação, tenho direito a 15 livros TÉCNICOS, para literatura, meu limite continua 5!!!

Que sacanagem! É o equilíbrio que manda na natureza, poxa! Eu preciso das duas coisas! Por mais que eu goste de ser "nerd" (só usei o termo pelo feedback. Não me considero nerd porque não acho os robôs assim tão bacanas. Também nem ligo pro último videogame. Gosto do fliperama do Street Fighter e daquele da navezinha que atira nas outras navezinhas)... Então: por mais que eu goste de ser "nerd", não dá! Preciso do meu violão, dos livros, dos meus (infantis) desenhos, escrever minhas bobeiras, trocar uma idéias com meus cachorros e afins e música (nossa! faz uns 4 anos-luz que eu não vou a nenhum show!)
[sei que anos-luz é uma unidade de medida para distância, mas eu gosto de usar ela assim]

Depois de um exaustivo processo eliminatório, sai da biblioteca com meus 6 livros (não consegui resistir e peguei um livro técnico):

- O Universo numa casca de Noz (Stephen Hawking) [esse é o técnico, sobre física quântica e tals]
- Fogo nas entranhas (Pedro Almodóvar) [lido]
- O Conto da Serpente Cerde e da linda Lilie (Goethe) [lido]
- Objecto Quase (José Saramago) [lido]
- Memórias de minhas putas tristes (Gabriel García Márquez)
- Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa)


Rolou na USP nos dias 14,15 e 16 de dezembro a feira do livro. No0o0o0o0o0o0o0o0o0ssa! Que paraíso! Muitos livros, milhões de milhares, todos muito baratos! Gastei 82,5% do meu "salário" com livros, que bêlêzá!

- Planejamento Ambiental - teoria e prática (Rosely Ferreira dos Santos)
- Ecogeografia do Brasil: subsídeos para planejamento ambiental (Jurandyr Luciano Sanches Ross)
- Fitorremediação - o uso de plantas na melhoria da qualidade ambiental ( Julio Cesar da Matta e Andrade, et al.)
- Surrealismo (Catherin Klingsohr-Leroy)
- Sikulume e outros contos africanos (adaptação de Júlio Emílio Braz)
- Vida (Keith Richards)
- Sociologia e desenvolvimento (Costa Pinto)
- Inspiração Nordestina (Patativa do Assaré)
- Perfume - história de um assassino (Patrick Suskind)
- O Rei Lear (William Shakespeare)
- Notas do subsolo (Dostoiévski)
- Crônica de um amor louco (Charles Bukowski)
- Fabulário geral do delírio cotidiano (Charles Bukowski)
- Notas de um velho safado (Charles Bukowski)
- Mulheres (Charles Bukowski)
- O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio (Charles Bukowski)


Obs: Depois que saiu o livro do Ozzy, agora todo astro do rock precisa ter sua biografia publicada...











Também comprei dois livros pro Bruno, um com quadrinho do Haggar e um de contos africanos (não o mesmo que o meu).

Queria comprar o livro do Doors, mas ele estava "caro" (35 peças de ouro)
[ouçam You are lost little girl, do Doors]

Gostei muito de ter comprado o livro de contos africanos, mais ainda de saber que tem uma editora de africanidades.

O livro que mais pirei foi o livro de artes sobre surrealismo: ele é mó grande e colorido ^^

O que mais me alegrou foi encontrar uma editora que publica cordéis e outras coisas nordestinas. Pena que foi uma das últimas pelas que passei, já estava praticamente zerada. Foi difícil escolher só um. Fiquei com o do Patativa do Assaré. Quem me apresentou Patativa do Assaré foi o Zaca de Oliveira, amigo meu, cantor e compositor. Amo o som (e a poesia) do Zaca, é bem folclore e sangue e sol e vento e cheiro de chuva. Trocamos poemas e afins por email. Prometo publicar aqui algo dele. O Zaca mistura em suas apresentações coisas suas e "do mundo", entre elas:

"eu não dô minha casa de palha
no palácio do imperador
eu não dô
eu não dô
eu não dô
eu não dô!", do Patativa do Assaré.

Desde que fiquei sabendo a quem pertenciam esses versos que gosto tanto, fui direto na biblioteca da faculdade procurar por Patativa. Não encontrei. Encontrei ne feira da USP. Eba!

Não encontrei na feira nada do Lins do Rego..........


... Falando sobre música de folclore e sangue e sol e vento e cheiro de chuva: acho que meu ouvido é nordestino. Nossa, como eu curto esse tipo de som!

Ah! Li no jornal (Metro) do dia 15, que no dia 13 de dezembro foi aprovada uma lei, sei lá, que isenta de taxa os cds de música nacional. NICE! Nossa, estou muito feliz com isso! Tomara que isso baixe também o preço dos vinis nacionais, porque tá osso.

...Hum... Passei a última sexta-feira INTEIRA tocando violão! Nossa, que saudade que eu estava dele! Por conta disso agora tenho bolhas nas pontas dos dedos médio e anelar... que bad. Elas doem. Dói pra teclar também. Chega.


Muchachos e muchachas, inté!
Beijo0o0o0o0o0o0o0o0s aos interessados.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

[ See you on the Other Side ]

- Ozzy Osbourne -

Voices, a thousand, thousand voices
Whispering, the time has passed for choices
Golden days are passing over, yeah

I can't seem to see you, baby
Although my eyes are open wide
But I know I'll see you once more
When I see you, I'll see you on the other side
Yes, I'll see you, I'll see you on the other side

Leaving, I hate to see you cry
Grieving, I hate to say goodbye
Dust and ash forever, yeah

Though I know we must be parted
As sure as stars are in the sky
I'm gonna see you when you comes to glory
And I'll see you, I'll see you on the other side
Yes, I'll see you, I'll see you on the other side

Never thought I'd feel like this
Strange to be alone, yeah
But we'll be together
Carved in stone, carved in stone, carved in stone

Hold me, hold me tight, I'm falling
Far away, distant voices calling
I'm so cold, I need you darling, yeah

I was down but now I'm flying straight across the great divide
I know you're crying but I'll stop you crying
When I see you, I see you on the other side
Yes, I'll see you, I'll see you on the other side

I'm gonna see you, I'll see you on the other side
God knows I'll see you, I'll see you on the other side, yeah

I'll see you, see you on the other side
Yeah, I'll see you, see you on the other side
I wanna see you, see you on the other side
I hope I see you, see you on the other side

Yeah, I came to see you, see you on the other side
I wanna see you, see you on the other side
I wanna see you, yeah, yeah, yeah, see you on the other side
Yeah, yeah, yeah, yeah, see you, see you on the other side

http://www.youtube.com/watch?v=vQ8JKQ7QYYM

[ Boletim Informativo Pessoal ]

Impossível transformar minhas lágrimas em palavras.


sábado, 8 de outubro de 2011

[ LIMOEIRO E ALECRIM ]

Dos meus tempos de criança
bem mais forte que as lembranças
estão cravados fundo em mim
os aromas tão suaves
que me refrescam, me aprazem
do limoeiro e do alecrim

Pelos dias da semana
enquanto o sol bem alto plana
eu me encontrava no jardim
com uniforme da escola
estava lá qual fosse a hora
a respirar o alecrim

Nos domingos preguiçosos,
ensolarados, silenciosos
me valia o dia inteiro
com os joelhos sujos de terra
eu brincava de boneca
à sombra do limoeiro

Passem os dias e as luas
ficarão pra sempre puras
As frangências não têm fim
Guardarei na minha memória
o perfume e a história
do limoeiro e do alecrim.


;)




É isso aí.

Descupas aê, galera, por ter deixado meu blog em coma induzido. Sem tempo total. Sério. Estudando muito para a faculdade, e nesse semestre comecei minha Iniciação Científica, sob orientãção do Professor de Química Ambiental I e II, Saron. Minha pesquisa trata-se de "Tratamento de Esgotos pelo método de Wet Lands para aplicação em comunidades isoladas" com um plus de "Validação de método de determinação de Nitrogênio Kjeldahl".


[ Boletim Informativo Pessoal ]

Não toco mais meu violão. Não só pelo tempo disponível, também por conta de uma tendinite infernal no meu punho direito decorrente do excesso de tempo que tenho passado a escrever (infelizmente não poesias) à mão e no pc assuntos da minha I.C. e trampos da facul.

Nos fins de semana de 17/18 de setembro e 1/2 de outubro, fui à São Roque num lugar que apelidei de Pico do Carrapato com o pessoal da faculdade para participar de cursos de uso sustentável da água e tratamento de esgoto por zonação de raízes (que é a mesma coisa que os wet lands). Foi muito bacana, ficamos hospedados no local do curso mesmo, Templo da Linha Unificada. Comemos todos os tipos de mato e até flor, era o que tinha no cardápio. Mas foi realmente muito bom. Do primeiro fim de semana voltamos cheios de carrapatos. Todos direto pra farmácia comprar sabonete Scabin.

No segundo fim de semana, fizemos além do teórico, uma atividade prática: construção de um sistema de tratamento de águas cinzas por círculos de bananeira. Ficou muito bom e foi mó divertido fazer. Tirando um cara meio louco que acho que encanou que eu era Trotsky e tentou aacertar minha cabeça com uma picareta várias vezes durante a atividade. Loucos e loucura à parte (ah! tinha uma mulher lá que fazia parte da Sociedade Protetora dos Sacis! Sério.), depois da atividade fomos convidados a participar dum trabalho de mantras da galera lá do templo. Nossa, foi muito louco! Piramos nos mantras!

Ah! Então, estávamos Thiagão, Ligia Zutin, Giovanna, Marinet e eu.

E eu pirei na Kalimba, um instrumento africano. Estou arrecadando fundos para comprar uma Kalimba^^ (tentei uma campanha pelo "facebucks", mas foi um fracasso: ninguém curtiu e o único comentário foi "o que é uma kalimba?")

Na volta do Pico do Carrapato nos perdemos e fomos parar no fundo do Vale da Morte Lamacenta. Chovia, estrada de terra, o carro bateu e ficamos presos no fundo do vale, o carro não subia por nenhuma das duas entradas/saídas.

;)

Depois de bem uns 40min presos, encontrei um morador e pedi ajuda. No fim 5 caras lá do Vale da Morte Lamacenta nos ajudaram. Enquanto um dos moradores dirigia, o outros caras, Thiagão, Marinet e eu empurrávamos o carro ladeira acima. Demorou uma meia hora mais ou menos, mas conseguimos. Foi uma aventura épica, não vou contar aqui porque o blog deve ter limite de caracteres. Mas foi bem tenso. Nossas botinas de engenheiros ambientais ficaram destruídas.



(Tribo do Pão com Ovo)































Entre o Módulo I e II do Pico do Carrapato, fizemos uma atividade em campo bem bacana para a disciplina de Hidrologia Ambiental na facul, com o Profº Benjamim. Andamos pela bacia do Córrego Zavuvus, fica ali por Santo Amaro, perto do Cemitério Congonhas. Depois fizemos um churras muito very nice na casa do Thiagão. Nossa, comer carne depois de tanto mato foi muito bom!





















(eu e o primo - Breno Moretti - brincando na gangorra antrópica do Zavuvu's)



Ah! Saca só: ganhei vários cd's (do Caetano e da Gal) da Carmem! Eba! Ela está digitalizando boa parte da sua coleção pra liberar um pouco de espaço em casa. Eu sei o que vocês estão pensando: "ela é louca". Uhum, também acho.

Hahahahahha

Disse isso à ela. Ela me disse que um dia muito provavelmente eu farei o mesmo, então eu disse à ela "você está me assustando..."

Enfim, tenho vários cd's very nice, lero-lero!
(Valeu, Carmem!!!)

No dia em que fui pegar os cd's, levei para ela e para Ana um punhado de balas 7 Belo. Prometi a próxima parcela do "pagamento" em pirulitos 7 Belo. Talvez role um adicional em Dadinhos.

Comentando sobre o caso no dia seguinte (quinta-feira) na faculdade, na aula de Geoprocessamento e Geotecnologias Aplicadas, ministrada pelo Sztutman e Benjamim, acabei por começar uma conversa muito agradável sobre música com o ProfºSztutman, que curte praticamente as mesmas coisas que eu (MPB e Rock n' Roll). Aê ele me recomendou procurar por algumas bandas e artistas, entre eles, Egberto Gismonti. Nossa, o cara manda muito no violão! Recomendo também.

Agora nas minhas aulas de Geoprocessamento o Sztut e o Benja ficam disputando quem é que vai me apresentar as melhores bandas. Nessa última quinta foi a vez do Benja. Ele me levou um cd recheado de Geraldo Vandré. Puta que pariu! (perdão), é MUITO bom!

Já conhecia do Vandré "Pra não dizer que não falei das flores" (quem não conhece?). Mas, nossa, as outras músicas são apaixonantes, muito bom mesmo. Meu top 3 por enquanto:

- Canção Nordestina
- Terra Plana
- Cantiga Brava

Aê ontem, sexta-feira, passei a noite na casa dos meus treinadores tomando cerveja e assistindo à entrevistas do Geraldo Vandré. Bem tenso a época da ditadura. Tão injusta a censura...

... Linkando isso com o recente episódio do Rafinha Bastos (que eu considero um grande xarope há tempos) sobre Vanessa Camargo: “Acho absurdo usarem o argumento da liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada. Não foi para isso que pessoas morreram pela democracia”, Marcelo Rubens Paiva, dramaturgo e jornalista.

Pois é, essa tal liberdade (de expressão ou não) sempre pega. Não vou prolongar a discussão, o post já está bem extenso.

Ah! Só mais uma coisa: quarta-feira, dia das crianças vai rolar na Av.Paulista um protesto contra a corrupção. Vamos lá, galera, chega de reclamar da política na mesa do bar e vamos praticar, como cidadãos, um pouco de política e da nossa "liberdade de expressão".



Muchachos e muchachas, inté.
Aos interessados,
um Beijo0o0o0o0o0o0o0o0o

sábado, 3 de setembro de 2011

[ Progressão Aleatória|mente| Versada ] - [05-06-2011 ]

Nada mais que uma ação
No espaço de dois passos
trespassei os segundos que
me aprisionavam entre quatro paredes falsas
todas feitas de aflições
Sim, começo a perceber
a solidão de cada um,
a solidão de todos nós, todos juntos,
tão sozinhos, tão ilegíveis, todos
num cesto, aguardanto a colheita,
o vazio. E
A espera setentrional do sol
e daquele sentimento
estranho e agradável
que nasce e percorre o arco
do seu sorriso inocente
e indecente, a mostrar a brancura esmaltada
de trinta e dois dentes
que só os são.
Oitavada é a face do desconhecido
a se desenrolar dum novelo
de incertezas pontiagudas
e cortantes
e nocivamente atrativas
dessa realidade tão egoísta.
E a cada pensamento
embarco em desatino
num espiral chamado destino
E desço no primeiro instante
após ouvir do Zéfiro que sopra
a melodia que brota
do coração de treze arcanjos
que com as mãos
mais frias que o dia de ontem
dedilham suas próprias cordas vocais
e me dizem para fechar os olhos
despreocupadamente
me empurram para o abismo
E meu mergulho onírico termina
no exato instante do bater do meu corpo
contra o rígido chão da realidade.
Meus olhos se abrem.
Meu coração transborda.

.

É isso. Não gostei muito desse. Apenas para atualizar.


[ Boletim Informativo Pessoal ]

Sem muito o que falar.

Últimas leituras:

- Riacho Doce - José Lins do Rego
- Menino de Engenho - José Lins do Rego
- Homem Duplicado - José Saramago
- Jangada de Pedra - José Saramago
- Édipo Rei - Sófocles
- Édipo em Colono - Sófocles
- Antígona - Sófocles (relido)
- Senhor e Servo e outras histórias - Leon Tolstói
- Noites Brancas - Fiódor Dostoiévski
- Guia Definitivo da Ressaca - esqueci autor^^
- Fique por dentro da Evolução - esqueci autores, é da mesma série que o "Fique por dentro da Física moderna"
- Ariano Suassuna, o cabreiro tresmalhado - Maria Aparecida Lopes Nogueira (atual)

Último fim de semana (27/28-08-2011)passei com amigos da ETE e do peito, combinamos uma aventura indígena. Sábado à noite bebemos, conversamos e demos muita risada. Também inauguramos a "Quadrilha de 720º" - um gênero junino dançado no final de agosto por duas duplas. A dança consiste em dar duas voltas ao redor duma mesa de sinuca ao som de Tim Maia.

Hhuahuahuahuhahuahuahuhuahuahuhuau

Você sabe que está com verdadeiros amigos quando você faz esse tipo de idiotice e não se importa. Aliás, você sabe que está com amigos quando todos fazem a mesma idiotice e ninguém se importa.




Domingo pegamos nossos apetrechos indígenas e fomos explorar a mata atrás de saracuras.






Lógico que não conseguimos caçar saracura alguma. No caminho topamos com uma cobra. Até que tentamos contato, mas como nenhum de nós é ofidioglota, desistimos e fomos embora. Fizemos uma trilha para um riacho. No caminho passamos por trechos realmente enlameados. Atolamos e ficamos bem sujos, mas nos divertimos à beça. Para atravessar com menos dificuldade tiramos nossos chinelos e seguimos com pés descalços, mas a Mariana relutou em retirar seu Croc's porque "as pedrinhas machucavam os pés dela" (frutinha)e ela ficou realmente atolada! O Croc's criou um vácuo muito louco na lama e ela demorou uns 3 minutos pra conseguir tirar o pé do lugar onde estava. Aliás:
"Mariana, o que te fez comprar um Croc's antes dos 40 anos ou antes da aposentadoria?"



Mariana e seu Croc's modelo Off road

Huhahuahuahuuahhuahuua

Ao chegar no riacho, o subimos. Foi muito gostoso. O sol estava bem quente e a água bem gelada. Para nos refrescarmos, fizemos uma "Folia das Águas ou Chuva de Lágrimas de Iara". Um de nossos passatempos preferidos é dar nomes épicos a todas as nossas ações.










Depois jogamos Jogo da Vida sentados na grama. A grama é realmente prazerosa para aqueles que passaram pela ETE Lauro Gomes, companheira e cúmplice de grandes e ótimos momentos.


Tenho passado muito tempo no carro. É pela janela dele que vejo o sol nascer e também se pôr.
Agora vou-me indo pegar o carro e meu amigo Julimar, pois vamos ao show do Aos Vivos, do Chico César. O Ju e eu realmente e definitivamente apreciamos o som do cara. Ver esse show vai ser demais, o disco (Aos Vivos) é apaixonante, é a estréia. Voz e Violão. E o título é genial!!! O Ju disse que vai chorar.



Quando o show começar... Quando os primeiros fonemas de "Béradêro" chegarem aos meu ouvidos (fonemas pois a música é somente voz)... Nossa, nem sei! Também quero muito ouvir Dúvida Cruel, outra música desse disco que sempre me embala, vivo a cantá-la e tals. Ah! Tem também Tambores! Nossa, esse show promete.

O mais legal é que será tipo uma viagem no tempo. Nós (Ju e eu) sempre comentamos como queríamos ter visto o show do Aos Vivos. Agora podemos.
Seria um bom momento preu contar como foi que fiquei tão fã de Chico César, mas eu realmente preciso ir.

Deixo pra vocês o nascer e o pôr-so-sol dessa quinta-feira última:




Muchachos e muchachas, inté.
Beijo0o0o0o0o0o0o0o0o0o aos interessados.